A
Terra é o vasto abismo onde a alma chora,
O
vale de amarguras do Salmista,
Lodoso
chavascal onde se avista
A
podridão dos vermes que apavora.
Mas,
para os grandes bens, para que exista
A
perfeição da luz deslumbradora,
Precisamos
da carne que aprimora
Com
o camartelo mágico do artista.
Terra,
tranqüilamente eu te abençôo...
Porque
da tua dor alcei meu vôo
Para
a mansão das luzes opulentas;
Teu
rigor nos redime e nos eleva;
Mas
és ainda o cárcere da treva,
Triste
mundo de chagas pustulentas!
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932